Benefícios de ser "representante" nas Constelações Familiares
- Ana Paula Klein

- 12 de abr. de 2019
- 2 min de leitura

Nas Constelações Familiares realizadas em grupo, há um número de vagas para as pessoas interessadas em trabalhar uma questão pessoal, e um número de vagas para pessoas que querem participar, ser “representante”. A pessoa que trás sua questão, dizemos que irá “constelar”, e os participantes serão “representantes”, ou seja, irão desempenhar o papel de membros da família da pessoa.
A partir do tema/questão, que o cliente trás, o facilitador, também chamado de Constelador, irá escolher pessoas para interpretar papéis ou situações familiares. Depois que essa primeira imagem é montada, os representantes podem se movimentar de acordo com o que sentem.
Chamamos de “campo” esse ambiente que se cria com o conjunto de representantes desempenhando seus papéis da família do cliente, onde é possível obter informações do sistema familiar como crenças, padrões, lealdades, conexões com ancestrais, e o lugar que você ocupa nessa família.
Ao ocuparmos o lugar de representante em uma Constelação Familiar temos a oportunidade de olhar para as situações de uma perspectiva diferente. Despertamos em nós a possibilidade de olhar de outra forma e de compreender escolhas e vivências que não havíamos experienciado. Colocamo-nos no lugar do outro, e abrimos espaço interno para aceitação de outros modos e jeitos de ser.
Ao final de uma Constelação, uma moça que havia representado o lugar de um marido, disse: “nossa, foi muito importante ocupar esse lugar. Eu estou me separando e não tinha parado para olhar da perspectiva dele. Agora consigo entender muitas coisas...”.
Brinco que ao representarmos “pegamos carona terapêutica” com a Constelação dos outros. De uma forma sincrônica participamos de encontros e somos chamados para representar papéis que podem ter uma relação com nosso próprio sistema familiar, e desse modo temos a chance de nos desenvolvermos também.
Outro aspecto interessante é a oportunidade de compreender melhor o “pensamento sistêmico”. A Constelação propõe um novo olhar para as situações, uma visão de mundo. Participar de apenas uma vivência, ou fazer uma Constelação não é suficiente para incorporarmos uma nova forma de nos colocarmos diante da vida e dos conflitos cotidianos. Por isso, ao participar dos encontros de Constelação você também se desenvolve e amadurece emocionalmente.
Para aqueles que desejam fazer a formação e se tornar um Constelador a vivência como representante é fundamental para que a pessoa aprenda a sentir o campo, entrar e sair dos papéis com facilidade e fluidez. Isso será de grande valia para afinar o olhar e aprender a identificar as dinâmicas sistêmicas que se apresentam.



